(...) OI... VENHO DE LONGE... E PRA CHEGAR ATÉ QUÍ FOI PRECISO CAMINHAR PELOS VALES DE PENUMBRIA E SOLIDÃO.
PASSEI PELOS ESTREITOS CORREDORES DE ANGUSTIA, E DO DESCONSOLO.
NA NEBLINA SEM FAROL... ME GUIEI PELA LEMBRAÇA DA LUZ DOS TEUS OLHOS.
SOB’ A TEMPESTADE DE AREIA, DO DESERTO QUE ME ENCONTREI, ATIREI-ME DE CORPO E ALMA NAS PROFUNDESAS DO MEU “EU”.
NADA FÁCIL FOI REMOVER AS PEDRAS DA ESRTRADA DE POEIRA E PÓ.
TÃO POUCO FOI FÁCIL ENCONTRAR A TRILHA,
QUANDO NAUFRAGUEI PELO MAR DA SAUDADE, QUISERA EU TER UM PORTO SEGURO ”VOCE”
FECHOU–SE BEM DIANTE DE MIM, A PORTEIRA DO TEMPO, INIBINDO –ME, QUE EU PUDESSE REGRESSAR.
DESCI AS CORRENTESAS, DE ILUSÃO , E BEBÍ DA SALGADA ÁGUA DO DESAMOR.
PELAS CAMPINAS VERDEJANTES, PROCUREI PELA FRONDOSA ÁRVORE DO-AMOR, MÁS... COMÍ DA MAÇÃ ENVENENADA.
OS RIOS TRANSBORDARAM-SE COM AS ÁGUAS DOS MEUS OLHOS, E COMO UMA FERÓZ ENCHENTE ARRASOU TUDO QUE TINHA PELA FRENTE.
NO BOSQUE QUE PASSEI, FLORES NÃO ENCONTREI, CADA PASSO QUE EU DAVA NUM ESPINHO PISEI.
NO MEU NEGRO CÉU, A ESTRELA DA ESPERANÇA OFUSCOU-SE O SE BRILHO, E A LUA SE FEZ OCULTA.
POR DIAS E NOITES CAMINHEI, E CAMINHEI NA DIREÇÃO AO ABISMO DO MEDO, QUE CONTINHA O MEU CORAÇÃO.
SENTI FOME DO BEIJO TEU, E COMÍ DO PÃO QUE O DIABO AMASSOU.
PASSIEI PELAS RUAS DO DESESPERO, DA AFLIÇÃO D’MINH’ ALMA.
MUDEI DA CIDADE DE FANTASIAS, PARA O MAIS ABSOLUTO SERTÃO DO DESENGANO.
MONTADA NO LOMBO DA SAUDADE CAVALGUEI ... MÁS CAÍ DO CAVALO DA PAIXÃO
O SOL DA SUA VIDA... NÃO BRILHOU... NO MEU DIA NUBLADO.
COMO PODES VER .... VENHO DE LONGE ... DE MUITO LONGE.
CARREGO COMIGO, BAGAGEM SUFICIENTE PRÁ TI ESQUECER.
AUTORA: CLEONICE AP. IORI ROSA
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