segunda-feira, 21 de junho de 2010

“VENHO DE LONGE”


(...) OI... VENHO DE LONGE... E PRA CHEGAR ATÉ QUÍ FOI PRECISO CAMINHAR PELOS VALES DE PENUMBRIA E SOLIDÃO.

PASSEI PELOS ESTREITOS CORREDORES DE ANGUSTIA, E DO DESCONSOLO.

NA NEBLINA SEM FAROL... ME GUIEI PELA LEMBRAÇA DA LUZ DOS TEUS OLHOS.

SOB’ A TEMPESTADE DE AREIA, DO DESERTO QUE ME ENCONTREI, ATIREI-ME DE CORPO E ALMA NAS PROFUNDESAS DO MEU “EU”.

NADA FÁCIL FOI REMOVER AS PEDRAS DA ESRTRADA DE POEIRA E PÓ.

TÃO POUCO FOI FÁCIL ENCONTRAR A TRILHA, EM MEIO A MATA AFECHADA DOS SONHOS PERDIDOS.

QUANDO NAUFRAGUEI PELO MAR DA SAUDADE, QUISERA EU TER UM PORTO SEGURO ”VOCE”

FECHOU–SE BEM DIANTE DE MIM, A PORTEIRA DO TEMPO, INIBINDO –ME, QUE EU PUDESSE REGRESSAR.

DESCI AS CORRENTESAS, DE ILUSÃO , E BEBÍ DA SALGADA ÁGUA DO DESAMOR.

PELAS CAMPINAS VERDEJANTES, PROCUREI PELA FRONDOSA ÁRVORE DO-AMOR, MÁS... COMÍ DA MAÇÃ ENVENENADA.

OS RIOS TRANSBORDARAM-SE COM AS ÁGUAS DOS MEUS OLHOS, E COMO UMA FERÓZ ENCHENTE ARRASOU TUDO QUE TINHA PELA FRENTE.

NO BOSQUE QUE PASSEI, FLORES NÃO ENCONTREI, CADA PASSO QUE EU DAVA NUM ESPINHO PISEI.

NO MEU NEGRO CÉU, A ESTRELA DA ESPERANÇA OFUSCOU-SE O SE BRILHO, E A LUA SE FEZ OCULTA.

POR DIAS E NOITES CAMINHEI, E CAMINHEI NA DIREÇÃO AO ABISMO DO MEDO, QUE CONTINHA O MEU CORAÇÃO.

SENTI FOME DO BEIJO TEU, E COMÍ DO PÃO QUE O DIABO AMASSOU.

PASSIEI PELAS RUAS DO DESESPERO, DA AFLIÇÃO D’MINH’ ALMA.

MUDEI DA CIDADE DE FANTASIAS, PARA O MAIS ABSOLUTO SERTÃO DO DESENGANO.

MONTADA NO LOMBO DA SAUDADE CAVALGUEI ... MÁS CAÍ DO CAVALO DA PAIXÃO

O SOL DA SUA VIDA... NÃO BRILHOU... NO MEU DIA NUBLADO.

COMO PODES VER .... VENHO DE LONGE ... DE MUITO LONGE.

CARREGO COMIGO, BAGAGEM SUFICIENTE PRÁ TI ESQUECER.

AUTORA: CLEONICE AP. IORI ROSA

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